MDIC Reativa Conex de Olho no Comércio Brasil-África

O governo federal reativou o Conselho Consultivo do Setor Privado (Conex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), com o objetivo de fortalecer as relações do Brasil com os países africanos. Nesta terça-feira (23/04), durante a primeira reunião ordinária de 2024, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, destacou a importância de o Conex retomar os trabalhos tendo como prioridade estreitar os laços com a África.

Nos últimos anos, o Brasil recuou em termos de presença comercial com a África, o que impactou nos negócios. “Em 2007, a nossa corrente de comércio com a África representava mais de 7% do fluxo de comércio brasileiro. Hoje é a metade, passamos de 7% para 3,5%. A África cresce, e deve crescer este ano 3,2%. Temos aí uma agenda de possibilidades”, avaliou o ministro.

Presidida pelo MDIC, o Conex é composto por representantes dos ministérios da Fazenda e das Relações Exteriores, além de 22 membros do setor produtivo. O objetivo do conselho é assessorar a Camex, por meio da elaboração e do encaminhamento de estudos e de propostas setoriais para aperfeiçoamento da política de comércio exterior, de investimentos e de financiamento e de garantias às exportações.

Na reunião, o vice-presidente também ressaltou a importância de o Brasil avançar nos acordos comerciais para ganhar mais mercados e reforçou o papel do setor produtivo de sugerir, no Conex, propostas de políticas que o governo pode realizar. “A gente pode implementar as propostas para conquistar mais parcerias, mais investimentos recíprocos, mais complementariedade econômica. Para avançar ainda mais”, destacou Alckmin.

Nova Indústria Brasil

Para o secretário Executivo do Mdic, Márcio Elias Rosa, as missões empresariais promovidas pelo governo estão alinhadas ao Conex, buscando proximidade comercial e industrial com o continente africano. Em junho, o MDIC, a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex) e o Ministério de Relações Exteriores realizam missão envolvendo a África do Sul, Angola, Moçambique e Tanzânia.

Além disso, Márcio Elias também falou sobre outras missões, as da Nova Indústria Brasil. De acordo com o secretário executivo, elas estão em consonância com o Conex. “Todas as ações descritas nas seis missões da nossa Nova Indústria Brasil coincidem com a potencialidade que o continente africano tem na área da descarbonização, da transição digital, do complexo econômico e industrial da saúde. Há uma demanda muito grande. Sem falar da agricultura e da agroindústria, evidentemente”, destacou.

O secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, ressaltou que a reforma tributária estimula o comércio exterior ao zerar imposto sobre exportação. Já o secretário de Promoção Comercial, Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura do MRE, embaixador Laudemar Neto, destacou que a pauta da inovação deve permear todas as áreas que envolvem parceria com os países da África.

Após a retomada do conselho, a secretaria executiva da Camex vai definir uma agenda de trabalho do Conex, com previsão de reuniões do conselho e encontros temáticos para avançar na pauta de aproximação comercial do Brasil com os países da África.

Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços – MDIC

Nota sobre Deliberação do Gecex para Produtos de Aço

O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex/Camex) deliberou nesta terça-feira (23/04) elevar para 25% o imposto de importação de 11 NCMs de aço e estabelecer cotas de volume de importação para esses produtos – de maneira que a tarifa só sofrerá aumento quando as cotas forem ultrapassadas. Serão avaliadas, ainda, outras quatro NCMs que poderão receber o mesmo tratamento. A medida vale por 12 meses.

Após análises das equipes técnicas, foi concedida a majoração às NCMs cujo volume de compras externas, em 2023, superou em 30% a média das compras ocorridas entre 2020 e 2022. Este é o caso das 15 selecionadas. Dessas, as quatro que seguem em avaliação apresentaram variações de preço, que exigirão novos estudos.

Estudos técnicos mostram que a medida não trará impacto nos preços ao consumidor ou a produtos de derivados da cadeia produtiva. Durante os 12 meses, o governo vai monitorar o comportamento do mercado. A expectativa do governo é que a decisão contribua para reduzir a capacidade ociosa da indústria siderúrgica nacional.

A lista das NCMs será divulgada ainda em documento da Camex com as deliberações da reunião.

Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços – MDIC

Porto de Santos Registra Novos Recordes em Março e Movimentação Acumulada no Ano Cresce 15,9%

O Porto de Santos movimentou em março 16,0 milhões de toneladas de mercadorias, registrando a melhor marca para esse período e ficando 5,0% acima do apurado no ano passado (15,3 milhões de toneladas). Esse desempenho elevou em 15,9% o movimento acumulado no primeiro trimestre que soma 42,3 milhões de toneladas, também recorde para o período.

Mais uma vez o açúcar destaca-se, com 1,9 milhão de toneladas (+95,6%) no mês e 6,1 milhões de toneladas no acumulado do ano (+97,8%); seguida pela carga conteinerizada que somou, em março, 454.645 TEU (medida equivalente a um contêiner de 20 pés), mais 21,6%, e 1,2 milhão de TEU no acumulado do ano (+20,6%).

As carnes, o café em grãos e o farelo de soja também apresentaram bom desempenho, com aumento de, respectivamente, 46%, 39,2% e 1,4% no mês e 22,1%, 49,6% e 17,3% no acumulado do ano. Entre os líquidos a granel destacou-se o óleo diesel e gasóleo, com crescimento mensal de 241,4% (272,3 mil toneladas) e anual de 197,0% (672,7 mil toneladas).

O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, revela que a previsão é encerrar o ano com 23,5 milhões de toneladas de açúcar embarcadas, 31,9 milhões de toneladas de soja e 20,2 milhões de toneladas de milho. Pomini explica que “a infraestrutura para atendimento às safras agrícolas está em expansão no complexo portuário de Santos. Players multinacionais de alimentos vêm fazendo investimentos na capacidade do Porto para movimentação de grãos”.

No geral, os embarques atingiram no mês, 12,3 milhões de toneladas, um crescimento de 5,5% e no acumulado do ano, com 31,1 milhões de toneladas, ficando 17,6% acima do mesmo período de 2023. Já as descargas somaram 3,7 milhões de toneladas, ficando 3,3% acima do apurado em março do ano anterior e o acumulado no trimestre atingiu 11,1 milhões de toneladas, também apresentando crescimento de 11,5%.

Os granéis sólidos somaram no mês 8,5 milhões de toneladas (+5,1%) e no acumulado do ano 21,2 milhões de toneladas (+11,2%), melhor marca para o período. Já os granéis líquidos atingiram 1,7 milhão de toneladas em março (+2,0%) e no trimestre 4,9 milhões de toneladas (+11,8%), também a melhor marca acumulada no período.

A atracação de navios nos 3 primeiros meses do ano atingiu 1.381 embarcações, crescimento de 7,7%.

Corrente Comercial

A participação acumulada do Porto de Santos na corrente comercial brasileira apresentou crescimento ao atingir 29,3% frente ao mesmo período do ano anterior (27,9%). Cerca de 16,6% das transações comerciais nacionais com o exterior tiveram a China como país parceiro. São Paulo, com 34,5%, permanece como o Estado com maior participação nas transações comerciais com o exterior, por Santos.

Fonte: Porto de Santos

Brasil Conquista dois Novos Mercados para Pescados na Índia

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19/04), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

A abertura desse novo mercado é resultado de ação coordenada entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE), com a participação do setor pesqueiro brasileiro.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa

Comércio Exterior de Abu Dhabi Cresce 8%

O comércio exterior não petrolífero de Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos, cresceu 8% em 2023 sobre 2022, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (19) pela Abu Dhabi Customs. O valor total das entradas e saídas de mercadorias somou 281,9 bilhões de dirhams (o equivalente a US$ 76,5 bilhões) em 2023. No ano anterior, as trocas comerciais atingiram 260,4 bilhões de dirhams (US$ 70,9 bilhões).

Segundo os dados do órgão aduaneiro, as compras cresceram 19% e atingiram 136,4 bilhões de dirhams (US$ 37,1 bilhões) na comparação de 2023 com 2022. Já as reexportações, que ocorrem quando um produto não fica definitivamente no país, somaram 52,3 bilhões de dirhams (US$ 14,2 bilhões) em 2023, em alta de 11% sobre 2022.

Fonte: Agência Anba – Anba

Mapa Apresenta Medida para Fortalecer Exportações de Frutas na Maior Feira Internacional do Setor

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) marcou presença no Fruit Attraction São Paulo, uma das principais feiras internacionais do setor de frutas e vegetais do mundo, voltada para a apresentação de conteúdos e para realização de debates e discussões relacionadas ao mundo da fruticultura, que aconteceu no período de 16 a 18 de abril.

Um dos objetivos da participação do Mapa no evento foi se apresentar como um grande parceiro do exportador. Esta parceria é vista como uma medida para alavancar e dar segurança na operação de exportação, fortalecendo a reputação do Brasil no mercado internacional de frutas.

No evento, representantes do Mapa participaram do Painel “Internacionalização do setor de frutas e hortaliças: padrões de qualidade da OCDE e outros padrões internacionais (certificações necessárias regras fitossanitárias)”, que foi mediado pelo auditor fiscal federal agropecuário Dalci de Jesus Bagolin, do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais.

O chefe do Serviço de Inspeção de Produtos Vegetais do Paraná (SIPOV-PR), Fernando Mendes, foi um dos palestrantes do referido Painel e falou sobre as certificações, registro e procedimentos adotados nas operações de exportação de frutas, especialmente dos embarques destinados à União Europeia, principal destino dos embarques brasileiros.

A discussão central foi em torno dos padrões de qualidade estabelecidos internacionalmente, com destaque para as exigências estabelecidas no Regulamento Europeu. Também foram tratadas as referências estabelecidas para Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa (UNECE) e pelo Comitê Codex Alimentarius.

Certificação Voluntária da Qualidade

O desafio principal da discussão foi dar publicidade à possibilidade de certificação voluntária da qualidade das exportações de frutas valendo-se da emissão pelo Ministério da Agricultura e Pecuária de um certificado reconhecido internacionalmente no âmbito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que o Mapa está habilitado a emitir.

Esse certificado é um esforço de facilitação do comércio internacional na medida que harmoniza critérios e procedimentos reconhecidos internacionalmente de verificação ainda na expedição do envio, evitando nova verificação no destino e agilizando o tempo de liberação da carga no país importador, destacou Fernando Mendes.

Perspectivas de Crescimento

O Subsecretário de Assuntos Diplomáticos da Secretária de Negócios Internacionais do Governo de São Paulo Samo Tosatti apresentou alguns números do comércio exterior do setor e as perspectivas de crescimento que o Brasil deve alcançar no futuro. Também apresentou os esforços do governo de São Paulo para impulsionar as exportações de frutas.

Ao longo do debate discutiu-se a possibilidade do governo do estado de São Paulo fomentar entre os seus exportadores de frutas a adoção do instrumento de certificação de qualidade OCDE emitida pelo Mapa. A medida representaria um diferencial competitivo para as exportações de frutas do estado de São Paulo, como, por exemplo, para embarques de limões e figos para Europa.

O Brasil é considerado o terceiro maior produtor de frutas do mundo. Nas exportações as operações já ultrapassam 1 bilhão de dólares por ano com grande perspectiva de crescimento. As principais frutas exportadas pelo Brasil são manga, melão, melancia, uvas, limão, mamão, maçã, abacate, banana e laranja.

“A certificação OCDE de qualidade apresentada pelo Mapa é um instrumento para fortalecer a reputação do Brasil nesse mercado internacional, reafirmando a qualidade do nosso produto e dos nossos exportadores no exterior”, falou Fernando Mendes

Dentro do Mapa, esse tema é de responsabilidade da Secretaria de Defesa Agropecuária e é tratado pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária – MAPA

Brasil e Áustria Fecham Acordo de Cooperação nos Setores da Indústria, Tecnologia Sustentável e Inovação

Ovice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e o ministro da Economia e Trabalho da Áustria, Martin Kocher, assinaram, nesta segunda-feira (15/04), o memorando de Entendimento para Cooperação Econômica e Inovação, definindo quatro áreas prioritárias para fortalecer parcerias entre os dois países.

O memorando assinado em reunião no Palácio do Itamaraty, em Brasília, prioriza as áreas da tecnologia verde; indústria, mobilidade e infraestrutura; inovação e novas tecnologias; e cooperação em financiamento e crédito à exportação.

No encontro, o ministro Geraldo Alckmin destacou que o memorando de entendimento é um exemplo do desejo de ambas as partes de estimular o trabalho conjunto, mais focado em áreas como tecnologia verde, mobilidade, infraestrutura e novas tecnologias. Para o vice-presidente, o documento fortalece ainda mais as relações comerciais e econômica entre os dois países, que já vêm crescendo ao longo das últimas décadas, criando uma parceria estratégica e revigorada.

“Estou certo de que nossa parceria pode gerar novos frutos em áreas como defesa, minerais estratégicos, transição energética, biotecnologia, enfim, infraestrutura em inúmeras áreas”, acrescentou o Alckmin.

Ele ressaltou que o governo retomou o diálogo com o mundo e apresentou, ainda, uma série de ações que vão estimular investimentos e comércio exterior, como a reforma tributária, o Novo PAC e a Nova Indústria Brasil. “A Nova Indústria Brasil apresenta grandes oportunidades de investimentos produtivos. Temos 200 anos de história, mas podemos fortalecer ainda mais os nossos laços, criando uma parceria estratégica revigorada”, completou.

A parceria marca o restabelecimento da cooperação bilateral por meio das atividades no âmbito do Comitê Econômico Misto Brasil-Áustria, criado em 1987. Para o ministro austríaco da Economia e Trabalho, Martin Kocher, a reinstalação do comitê representa um novo capítulo para os laços bilaterais.

“É mais um marco para cooperarmos econômica e tecnologicamente, no futuro. Será a base para a nossa cooperação econômica ambiciosa e crucialmente benéfica para os planos futuros em termos de descarbonização, em termos de avanço tecnológico”, destacou o ministro austríaco.

Inovação e sustentabilidade

Na área de Tecnologia Verde, serão desenvolvidos esforços conjuntos em hidroeletricidade, gestão de resíduos, tratamento de águas residuais e eficiência energética. Já no setor de Indústria, Mobilidade e Infraestrutura, o foco será em transporte ferroviário, aviação civil, automotivo e combustíveis alternativos, entre outros.

A colaboração em Inovação e Novas Tecnologias será direcionada para o desenvolvimento e comercialização de tecnologias sustentáveis, com especial atenção a empresas em estágio inicial e startups. Além disso, os dois países buscarão fortalecer o financiamento de projetos de infraestrutura e a facilitação do comércio bilateral.

Além de estimular intercâmbio de produtos e serviços industriais, a parceria vai intensificar relações comerciais, trocar informações e experiências e identificar projetos estratégicos para trabalho conjunto.

Na reunião em Brasília, também foram apresentados projetos do Novo PAC e da Nova Indústria Brasil relacionados à agenda da transição energéticas. Além disso, empresas e federações industriais tiveram a oportunidade de indicar demandas para o desenvolvimento de parcerias entre Brasil e Áustria.

O Brasil é o principal parceiro comercial da Áustria na América do Sul e está entre os 10 principais destinos das exportações austríacas em todo o mundo. No momento, há mais de mil empresas austríacas exportando para o Brasil e mais de 200 empresas austríacas com investimentos em nosso país. Com uma relação sólida, que vem crescendo ao longo dos anos, a corrente de comércio de 2023 foi de US$ 1,4 bilhão.

Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços – MDIC

Brasil Exporta Carne Bovina a Preços Menores

Os preços pagos pela carne bovina no mercado internacional estão em queda, prejudicando o setor. Em março, o Brasil, maior exportador do produto, embarcou a tonelada ao exterior por US$ 4.158 contra US$ 4.356 em igual mês de 2023, segundo divulgou a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) nesta segunda-feira (15/04). O valor leva em conta carne processada e in natura.

De acordo com a Abrafrigo, no acumulado do primeiro trimestre, os preços médios foram de US$ 4.033, também abaixo dos US$ 4.520 observados nos três primeiros meses de 2023. A queda foi de 4,5% em março e de 10,7% no trimestre. No ano passado como um todo, as cotações médias da tonelada de carne bovina exportada pelo Brasil já tinham caído 23% em relação a 2022, de US$ 5.582 para US$ 4.276. Apesar disso, o Brasil vem batendo recordes nas vendas internacionais de carne bovina em volume.

Ainda segundo a Abrafrigo, a China foi a maior compradora da carne brasileira no primeiro trimestre, com 41,1% do total, seguida por Estados Unidos e por Emirados Árabes Unidos.

Fonte: Agência Anba – Anba

Café Especial: Ações na China podem Render US$ 6,7 Milhões ao Brasil

Analisando o crescimento do mercado cafeeiro ao longo dos últimos anos na China, que se tornou o sexto principal parceiro dos cafés do Brasil em 2023, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) incluíram o país entre os mercados-alvos do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”. As ações mais recentes no gigante asiático ocorreram de 26 a 30 de março e renderam US$ 3,540 milhões em negócios imediatos e a projeção para outros US$ 3,175 milhões nos próximos 12 meses, podendo gerar um total de US$ 6,715 milhões.

Em 26 de março, através de ação conduzida pela BSCA, em parceria com o escritório da ApexBrasil e o Consulado Geral do Brasil em Xangai, empresários brasileiros participaram de uma rodada de negócios na Hongqiao Import Commodity Exhibition and Trade Center, uma plataforma de exposição permanente, com estrutura para “live streaming”, dedicado à venda de produtos no mercado de e-commerce, um centro de treinamento e um laboratório de cafés.

Com a presença de 49 representantes do mercado chinês, entre compradores, influencers e mídia especializada, a ação possibilitou 119 contatos comerciais, que renderam US$ 1 milhão em negócios imediatos e a perspectiva para a concretização de mais US$ 552 mil até março de 2024.

Os empresários brasileiros também marcaram presença, entre 27 e 30 de março, na Hotelex Shanghai 2024, uma das maiores feiras do setor de hotéis, restaurantes e cafeterias (HoReCa) da Ásia, que teve dois pavilhões exclusivos para café. Foram realizados mais 232 contatos comerciais no evento, que geraram US$ 2,540 milhões de imediato e a projeção para outros US$ 2,623 milhões ao longo dos próximos 12 meses.

“Nosso serviço de inteligência identificou, há alguns anos, o forte potencial da China como consumidora de café e incluímos o gigante asiático entre os mercados-alvos do ‘Brazil. The Coffee Nation’. Hoje, passamos a colher os frutos dessa acertada percepção e possibilitamos a abertura de um novo, e imenso mercado, aos associados da BSCA que integram nosso projeto com a ApexBrasil”, comenta Vinicius Estrela, diretor executivo da Associação.

Rodrigo Gedeon, General Manager do Escritório da ApexBrasil na Ásia e no Pacífico, comenta que o café vem conquistando um espaço cada vez maior entre os consumidores das gerações Y e Z na China. A expansão de cafeterias no país evidencia essa tendência: em 2023, o número de coffee shops na China cresceu impressionantes 58%, superando a marca de 49 mil pontos de venda e ultrapassando os EUA como o maior mercado de coffee shops no mundo.

Exportações para a China

Em 2023, a China subiu 14 posições no ranking dos principais destinos dos cafés brasileiros e fechou o ano como sexta colocada. Segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), os chineses importaram 1,518 milhão de sacas de 60 kg do produto nacional, apresentando um substancial crescimento de 266% na comparação com 2022, quando adquiriu 414.844 sacas e ocupou a 20ª posição na tabela.

Fonte: Apex-Brasil

Exportação do Brasil aos Países Árabes Cresce 28%

As exportações do Brasil aos países árabes cresceram 28,7% em valores no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2023, de acordo com dados do governo federal compilados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira. O aumento das compras de açúcar pela região teve peso preponderante no desempenho, mas os árabes também importaram em quantidades maiores outras commodities do Brasil, como minério de ferro, impactando o comércio.

Os brasileiros tiveram receita de US$ 5,67 bilhões nas vendas ao mercado árabe de janeiro a março contra US$ 4,41 bilhões em iguais meses do ano anterior. Entre os 15 principais produtos embarcados, os maiores aumentos se deram na venda de gado, alta de 147,7%, de açúcar, mais 105,4%, e de carne bovina, 84,4% maior. O minério foi o segundo produto da pauta, atrás do açúcar, com 43% de alta.

Apesar da predominância das commodities na pauta, o gerente da Câmara Árabe destaca outros setores que estão crescendo. É o caso de cosméticos. O Brasil teve receita de US$ 7 milhões nas exportações do segmento aos árabes no primeiro trimestre, com alta de 24% sobre iguais meses de 2023 e predominância dos produtos para cabelos. Ele afirma que outros itens, de perfumaria e higiene, também avançam na venda.

Importação de países árabes

Na importação brasileira de produtos de países árabes, houve queda de 15,5%. O valor somou US$ 2,33 bilhões de janeiro a março deste ano contra US$ 2,76 bilhões no primeiro trimestre de 2023. Houve recuo de 6,4% nas vendas árabes de combustíveis minerais ao Brasil, para US$ 1,5 bilhão, e de 41,7% nas de fertilizantes, que ficaram em US$ 423,7 milhões. O combustível é o primeiro item da pauta de vendas dos árabes ao Brasil e o fertilizante é o segundo. Nos dois casos, houve diminuição tanto nos valores como nos volumes importados.

Fonte: Agência Anba – Anba